John Osbourne nasceu a 3 de dezembro de 1948 em
Birminghan, Inglaterra. Aos 20 anos montou a sua primeira banda, Earth, a início
baseada em repertório de blues. Ao descobrir que o nome Earth já pertencia a uma
outra banda adotaram o nome Black Sabbath de uma das composições de Ozzy. As
letras e melodias sombrias de Ozzy e sua performance elétrica marcaram a banda
nos seus primeiros oito álbuns, fase mais clássica e que fez com que o Black
Sabbath fosse considerado até hoje o maior expoente entre os pioneiros do heavy
metal.
Em 1979 Ozzy abandonou o Black Sabbath para
seguir carreira solo, em virtude de desentendimentos com os outros integrantes
(na verdade Ozzy foi praticamente despedido por Tonny Iommi em virtude dos
problemas constantes com drogas e álcool). A esposa e empresária Sharon Arden
foi responsável por sua recuperação.
Para acompanha-lo na nova fase da carreira
convocou Randy Rhoads (antigo guitarrista da banda Quiet Riot), que logo se
tornaria um dos maiores guitar heroes da história ao lado do lendário vocalista
do Black Sabbath. Durante os testes para escolha do guitarrista a má impressão
inicial passada pelo garoto franzino e tímido só durou até que ele mostrasse sua
música. Com Randy Rhoads Ozzy gravou Blizzard Of Oz e Diary Of A
Madman.
Em 1982 Rhoads morreu em um desastre de
avião, uma perda insubstituível. Em meio a constantes trocas de agressão pela
imprensa entre Ozzy e sua antiga banda (que agora se apresentava com Ronnie
James Dio nos vocais) foi gravado Talk Of The Devil (ou Speak Of The Devil, como
foi lançado nos Estados Unidos), um álbum ao vivo contendo apenas músicas da
época de ouro do Black Sabbath (todas de autoria de Ozzy). Posteriormente Ozzy
lançaria um novo álbum ao vivo, Tribute, em homenagem ao companheiro Randy
Rhoads, este contendo composições de sua carreira solo.
Com Jake E. Lee assumindo o cargo de
guitarrista (e posteriormente Zakk Wilde), Ozzy continuou lançado álbuns, apesar
dos constantes problemas com bebidas.
À imagem satânica reforçada por maquiagem e
efeitos de palco se somava a grande repercussão por parte da imprensa
sensacionalista da famosa mordida na cabeça de um morcego. O caso realmente
ocorreu, em um show ao vivo, mas Ozyy pensava se tratar apenas de um morcego de
plástico jogado ao palco por um fã. Só percebeu que se tratava de um animal de
verdade tarde demais (o que o levou a ter de tomar injeções anti-rábicas, ter
choques anafiláticos e cancelar dezenas de shows por problemas de saúde gerados
pela vacina). Em uma outra oportunidade arrancou com os dentes as cabeças de
duas pombas brancas que executivos da gravadora insistiam que ele soltasse após
uma assinatura de contrato. Obviamente não havia muita intenção em diminuir a
repercussão de tais fatos, visto que era marketing eficiente e
barato.
Não tão engraçadas porém foram as acusações
de incitação ao suicídio movidas contra Ozzy em virtude da música Suicide
Solution. Algumas famílias acusavam a música de ter gerado o suicídio de alguns
garotos e um certo Institute for Bio-Acoustics Research contratado por entidades
evangélicas achou na gravação supostas mensagens subliminares de incitação ao
suicídio. Ozzy foi absolvido de todas as acusações. Curiosamente a música nem
mesmo era relacionada a suicídio e o título não se referia ao suicídio como uma
solução (fuga). Na realidade tratava-se de uma letra sobre alcoolismo e
"solução" significava "mistura". "Mistura Suicida" era uma referência ao
álcool.
No final da década de 80 foi cogitada uma
reunião histórica entre Ozzy e Black Sabbath, após uma apresentação conjunto em
Donington, Inglaterra (apresentação que valeu a saída do vocalista Dio).
Problemas entre os empresários de Ozzy e Sabbath, porém, impediram uma reunião
definitiva.
Na década de 90 (após lançar alguns dos
álbuns mais medíocres de sua carreira) Ozzy conseguiu pela primeira vez em
décadas abandonar definitivamente o álcool (substituído por regimes alimentares
rígidos e exercícios). Anunciou o fim de suas atividades após o lançamento do
excelente No More Tears (seguido da turnê No More Tours).
Felizmente para todos, porém, não conseguiu
passar muito mais do que alguns anos longe dos palcos e estúdios. Ozzmosis, de
1995, trata-se de um dos melhores álbuns de sua carreira.
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