quarta-feira, 26 de março de 2014

História da banda Sex Pistols



 
 
 

Esta incandescente banda inglesa foi formada sob a regência do maestro, empresário e "picareta" Malcolm McLaren, no verão de 1975. Inicialmente conhecidos como Swankers, com Wally Nightingale como vocalista, a banda logo se tornaria a lenda chamada Sex Pistols.
A formação inicial do Sex Pistols era: Steve Jones(guitarra), Paul Cook (bateria), Glen Matlock (baixo) e Johnny Rotten (vocal).
A banda assinou contrato com a gravadora EMI Records, a qual lançou o primeiro single da banda - 'Anarchy In The UK'. Da gargalhada sarcástica de Rotten no início até os últimos acordes da música, Anarchy in the Uk foi a estréia da banda. Logo eles encerrariam o contrato com a EMI, em uma grande estratégia de marketing
 Em fevereiro de 1977, o baixista Glen Matlock foi substituído por Sid Vicious, um dos maiores ícones do punk, considerado por muitos como o próprio retrato do punk. No mês seguinte, a banda assinou contrato com a gravadora A&M Records, cuja formalidade foi realizada em frente aos portões do Palácio de Buckingham, em Londres. Uma semana mais tarde, a A&M cancelou o contrato. Após várias recusas em assinar contrato com a gravadora Virgin Records, a banda lançou o single 'God Save The Queen'.
Esta música foi lançada em plena data comemorativa do Jubileu de Prata da Rainha da Inglaterra. Logo, a música alcançou o primeiro lugar na parada da revista londrina New Musical Express. O terceiro single, a melódica 'Pretty Vacant', provava que a banda vinha para ficar nas paradas. Em seguida lançaram a faixa 'Holidays In The Sun' e o LP número 1 das paradas britânicas de 1977 - "Never Mind The Bollocks - Here's The Sex Pistols".
Uma turnê turbulenta pelos Estados Unidos, detonou uma crise de relacionamento já bastante aguda na banda. No início de 1978, Rotten anunciou que estaria deixando a banda após um show em San Francisco, California. Após este show, a banda viajou para o Rio de Janeiro, para gravar trechos do filme The Great Rock and Roll Swindle, juntamente com o ladrão do trem pagador inglês, o legendário Ronald Biggs.
Sid Vicious, completamente debilitado pelo alto consumo de heroína, não acompanhou a banda na viagem ao Brasil, mas Steve Jones e Paul Cook ficaram felizes por terem sido favorecidos com a repercussão de sua estada no Rio. Outro single polêmico - 'Cosh The Driver', teve seu lançamento cancelado, devido ao lançamento da versão interpretada por Sid Vicious para a música 'My Way', de Frank Sinatra.
O Filme The Great Rock 'n' Roll Swindle, de Malcolm Maclarem continuaria a mitologia da banda. Sid gravou uma versão distorcida da música de Eddie Cochran - 'C'mon Everybody', antes de retornar para Nova Iorque.
No dia 12 de outubro de 1978, a namorada de Sid Vicious, Nancy Spungen, foi encontrada morta a facadas no Hotel Chelsea e Sid foi acusado pelo assassinato. Quando estava em liberdade aguardando julgamento, Sid teve uma overdose fatal de heroína e acordou de seu sono morto, na manhã de 2 de fevereiro de 1979.
A gravadora Virgin Records continuou a lançar material dos Pistols que fazia parte do catálogo da gravadora. A legendária saga da banda terminou na Suprema Corte uma década mais tarde, em 1986, quando o vocalista Johnny Rotten e os outros integrantes da banda ganharam indenizações milionárias de seu empresário, Malcolm Mclaren. Em 1996, a banda se reuniu novamente e fez uma turnê mundial, passando inclusive pelo Brasil.
Musicalmente, o Sex Pistols agia com muita raiva e hostilidade. Johnny Rotten costumava se cortar com giletes durante os shows da banda e continuava a cantar com todo o sangue jorrando. Este teatro todo funcionava muito bem, com o acompanhamento da guitarra básica de apenas três acordes de Steve Jones, aliada a bateria fulminante de Paul Cook e do baixo completamente descompassado, ou seja, punk, de Sid Vicious.
Invocando todo o niilismo e o caos do mundo, o som da banda era o produto da recessão econômica misturada com uma total estagnação da indústria musical na época e agravada por toda a alienação da juventude sobre os problemas sociais do mundo. Com a música "Anarchy In the U.K." e com a versão da banda para a música "No Fun" de Iggy Pop & Stoges, o Sex Pistols estabelecia seu manifesto de caos e celebrava toda a frustação da juventude britânica com a realidade.
O feito mais revolucionário do Sex Pistols foi obtido fora do contexto musical. A atitude da banda em chocar as pessoas colocou os Pistols e toda a cena punk, que estava nascendo, nos braços da mídia musical, que se deleitava com as performances da banda, que como de praxe, destruía tudo nos lugares onde tocavam. Os fans se vestiam com a nítida intençao de chocar, já naquela época usando piercings, roupas rasgadas, suásticas nazistas e roupas de látex compradas em sex shops. Neste calor dos acontecimentos, o Sex Pistols carregava a responsabilidade de ser o centro e o embrião de toda a rebeldia punk.
Hoje, para muitas pessoas que se auto-entitulam punks, o Sex Pistols foi uma farsa e Johnny Rotten não passou de um traidor do movimento punk. Mas esta falta de modestia e a pretensão desacerbada destes "punques", esconde de fato uma "decepção" pelo fato de que a maioria deles não pode nem mesmo acompanhar a tragetória da banda e as condições que propiciaram o nascimento e a morte da lenda. Se esquecem de que antes do Sex Pistols a palavra "punk" era somente uma gíria inglesa, que tinha seu significado explicado nos dicionários da época como sendo: "pessoa desordeira, objeto inútil, obsoleto, sem valor". O Sex Pistols mudou o significado da palavra punk inclusive nos dicionários. Hoje, qualquer pessoa ao consultar o significado de punk terá: "estilo de música muito alta, agressiva e vibrante, originária do final da década de 70 e associada com protestos contra o status quo e contra o sistema".
Fonte: http://www.portaldorock.com.br/

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