segunda-feira, 31 de março de 2014

3 Music

Guns N' Roses - Civil War



História de Jimi Hendrix



James Marshall “Jimi” Hendrix, (27 de novembro de 1942; 18 de setembro de 1970) foi um guitarrista estadunidense, cantor, compositor e produtor que é amplamente considerado um dos mais importantes guitarristas da história do rock. Como guitarrista, ele se inspirou nas inovações de músicos do blues tais como B. B. King, Albert King e T-Bone Walker, assim como nos guitarristas de R&B (rhythm and blues) tais como Curtis Mayfield. Ademais, ele ampliou a tradição da guitarra no rock: apesar de guitarristas anteriores, como Dave Davies (do The Kinks), e Pete Townshend (do The Who) terem empregado recursos como o “feedback” (realimentação), distorção e outros efeitos especiais, Hendrix, graças às suas raízes no blues, na soul-music e no R&B, foi capaz de usar estes recursos de uma forma que transcendia suas fontes. Ele também foi um letrista cujas composições foram tocadas por inúmeros artistas. Como produtor musical, foi um dos primeiros a usar o estúdio de gravação como extensão das suas ideias musicais. Finalmente, a sua importância como estrela do rock coloca-o ao nível de figuras como Chuck Berry, John Lennon (dos Beatles), Elvis Presley e Mick Jagger (dos Rolling Stones).

Em Seattle, Washington, cresceu tímido e sensível. Tal como os seus contemporâneos ingleses John Lennon e Paul McCartney (que mais tarde formariam os Beatles), Hendrix foi profundamente afetado por problemas familiares - o divórcio dos seus pais em 1951 e a morte de sua mãe em 1958, quando ele tinha 16 anos. Era muito afeiçoado à sua avó materna, que possuía sangue cherokee, e que incutiu no jovem Jimi um forte sentido de orgulho de seus ancestrais nativos norte-americanos. No mesmo ano, o seu pai Al deu-lhe um “ukelele” (instrumento de 4 cordas, introduzido no Havaí pelos portugueses (emigrados do arquipélago da Madeira) no século XVII. É muitíssimo semelhante ao cavaquinho brasileiro.), e posteriormente comprou, por US$ 5, uma guitarra acústica, pondo-o no caminho da sua futura vocação.

Depois de tocar com várias bandas locais de Seattle, Hendrix alistou-se no exército, juntando-se à 101-a Divisão Aerotransportada (101st Airborne Division) baseada em Fort Campbell, Kentucky, a 80 km da cidade de Nashville, no Tennessee, como pára-quedista. Serviu por menos de 1 ano e recebeu dispensa médica após fraturar o tornozelo em um salto. Mais tarde ele diria que o som do ar assobiando no pára-quedas era uma das fontes de inspiração para o seu som “espacial” na guitarra.

Não há nenhum registo médico no exército americano sobre a dispensa de Hendrix. Em 2005, Charles Cross, que foi autor da biografia do líder dos Nirvana, Kurt Cobain, publicou no seu livro “Room Full of Mirrors” que o guitarrista alegou estar apaixonado por um dos seus colegas do seu agrupamento numa visita ao serviço psiquiátrico em 1962, em Fort Campbell (Estado do Kentucky).

Era mentira, segundo Cross, que relata a preferência do músico por mulheres. “Ele queria apenas escapar do exército para se dedicar à música.”

Hendrix, que se alistou como voluntário para a guerra do Vietnã, nunca esteve em combate, porém as suas gravações tornaram-se favoritas entre os soldados que lutavam lá. Inicialmente levou uma vida precária tocando em bandas de apoio a músicos de soul e blues como Curtis Knight, B. B. King, e Little Richard em 1965. Sua primeira aparição destacada foi com os Isley Brothers, principalmente no “Testify” em 1964.

Em 14 de outubro de 1965, Hendrix assinou um contrato de gravação por três anos com o empresário Ed Chalpin, recebendo US$1 e 1% de direitos em gravações com Curtis Knight. Este contrato causou mais tarde sérios problemas entre Hendrix e outras companhias de gravação.

Por volta de 1966 ele já tinha sua própria banda, Jimmy James and the Blue Flames que incluia Randy Califórnia (mais tarde guitarrista do Spirit), e uma residência no Cafe Wha? na cidade de Nova Iorque. Foi durante este período que Hendrix conheceu e trabalhou com a cantora e guitarrista Ellen McIlwaine e com o guitarrista Jeff “Skunk” Baxter (mais tarde integrante dos grupos Steely Dan e The Doobie Brothers) assim como o iconoclasta Frank Zappa, cuja banda The Mothers of Invention tocava no Garrick Theatre, no Greenwich Village novaiorquino. Foi Zappa que apresentou Hendrix ao recém-criado pedal de “wah-wah”, um pedal de efeito sonoro do qual Hendrix rapidamente se tornou mestre notável e que se transformou em parte integrante de sua música.

Foi enquanto tocava com o “The Blue Flames” no Cafe Wha? que Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista do famoso grupo de rock britânico The Animals. Chandler levou-o para a Inglaterra, levou-o a um contrato de agenciamento e produção com seu produtor musical e ajudou-o a formar uma nova banda, The Jimi Hendrix Experience, com o baixista Noel Redding e o percussionista Mitch Mitchell.

Durante as suas primeiras apresentações em clubes de Londres, o nome da nova estrela espalhou-se como fogo pela indústria musical britânica. Os seus shows e musicalidade criaram fãs rapidamente, entre eles os guitarristas Eric Clapton e Jeff Beck, assim como os Beatles e o The Who, cujos produtores imediatamente encaminharam Hendrix para o selo que produzia o The Who, a Track Records. O primeiro “single” desta parceria, uma regravação de “Hey Joe”, se tornou quase que um padrão para as bandas de rock da época.

Mais sucesso veio em seguida, com a incendiária “Purple Haze” e com a balada “The Wind Cries Mary”. Estas duas e ainda “Hey Joe” chegaram na época ao chamado “Top 10”. Agora, finalmente estabelecido no Reino Unido como importante estrela de rock, Hendrix e sua namorada Kathy Etchingham mudaram-se para uma casa no centro de Londres, que um dia pertencera ao compositor barroco Georg Friedrich Handel(antigo compositor clássico)

1967 viu o lançamento do primeiro álbum do grupo, Are You Experienced?, cuja mistura de baladas (“Remember”), pop-rock (“Fire”), psicodelia (“Third Stone From The Sun”), e blues tradicional (“Red House”) seria uma espécie de amostra de seu trabalho posterior. Hendrix foi levado para o hospital com queimaduras depois de pôr fogo em sua guitarra pela primeira vez no Astoria Theatre, em Londres, em 31 de março daquele ano. Ele foi posteriormente advertido pelo administrador do Rank Theatre management para controlar suas exibições no palco depois de causar danos a amplificadores e outros equipamentos no palco.

Com o forte apelo de Paul McCartney, integrante do “Festival Pop de Monterey” (Monterey Pop Festival), o Jimi Hendrix Experience foi agendado para apresentar-se naquele festival, e o concerto, onde ficou notória a imagem de Hendrix pondo fogo e quebrando sua guitarra, foi imortalizado pelo cineasta D.A. Pennebaker no filme Monterey Pop. O festival de Monterey foi um triunfante retorno. E foi seguido de uma abortada apresentação de abertura para o grupo pop The Monkees, em sua primeira turnê americana.

Os Monkees pediram a presença de Hendrix simplesmente por serem seus fãs. Infelizmente, porém, a sua plateia predominantemente adolescente não se interessou pelas bizarras apresentações de Hendrix no palco, e ele abruptamente interrompeu a digressão depois de algum tempo, exactamente quando “Purple Haze” começava a estourar nas paradas norte-americanas. Chas Chandler mais tarde admitiu que ter “caído fora” da turnê dos Monkees foi planeado para ganhar o máximo de impacto de mídia e de afronta para Hendrix. Na época, circulou uma história afirmando que Hendrix tinha sido retirado da digressão devido a reclamações de que sua conduta no palco era “lasciva e indecente”, reclamações estas que teriam sido feitas feitas pela organização conservadora de mulheres Daughters of the American Revolution. De fato, a história era falsa: a coisa foi forjada pela jornalista australiana Lillian Roxon, a qual acompanhava a turnê junto como o namorado e cantor Lynne Randell, outro coadjuvante. A afirmação foi zombeteiramente repetida na famosa ‘Rock Encyclopedia’ de Roxton em 1969, porém mais tarde ela admitiu que a coisa foi fabricada.

Enquanto isso, de volta à Inglaterra, sua imagem de “selvagem” e de cheio de recursos para chamar atenção (tal como tocar a guitarra com os dentes e com ela às costas) continuava a trazer-lhe notoriedade, apesar de ele ter começado a se sentir mais e mais frustrado, devido à concentração da mídia e das platéias em suas atuações no palco e em seus primeiros sucessos, e pela crescente dificuldade em ter suas músicas novas também aceitas.

Em 1967 também viu o lançamento do seu segundo álbum. Axis: Bold as Love continuou o estilo estabelecido por Are You Experienced, com faixas como “Little Wing” e “If 6 Was 9” mostrando a continuidade de sua maestria com a guitarra. No entanto, um percalço quase impediu o lançamento do álbum - Hendrix perdeu a fita com a gravação “master” do lado 1 do LP depois de acidentalmente tê-la esquecido num táxi. Com a proximidade do prazo fatal de lançamento, Hendrix, Chandler e o engenheiro de som Eddie Kramer foram forçados a fazer às pressas uma remixagem a partir das gravações multi-canais, o que eles conseguiram terminar numa verdadeira maratona noturna. Esta foi a versão lançada em dezembro de 1967, apesar de Kramer e Hendrix mais tarde terem dito que nunca ficaram totalmente satisfeitos com o resultado final.

Por volta dessa época, desavenças pessoais com Noel Redding, combinadas com a influência das drogas, álcool e fadiga, conduziram a uma problemática digressão na Escandinávia. A 4 de janeiro de 1968, Hendrix foi preso pela polícia de Estocolmo, após ter destruído completamente um quarto de hotel num ataque de fúria devido à embriaguez.

A terceira gravação da banda, o álbum duplo Electric Ladyland 1968, era mais ecléctico e experimental, incluindo uma longa seção de blues (“Voodoo Child”), a “jazzística” “Rainy Day, Dream Away”/”Still Raining, Still Dreaming” e aquela que é provavelmente a versão mais conhecida da música de Bob Dylan “All Along the Watchtower”.

A gravação do álbum foi extremamente problemática. Hendrix se decidira por voltar aos EUA e, frustrado pelas limitações da gravação comercial, decidiu criar seu próprio estúdio em Nova Iorque, no qual teria espaço ilimitado para desenvolver sua música. A construção do estúdio, batizado de “Electric Lady” foi cheia de problemas, e o mesmo só foi concluído em meados de 1970.

O trabalho antes disciplinado de Hendrix estava a tornar-se errático, e as suas intermináveis sessões de gravação repletas de aproveitadores finalmente fizeram com que Chas Chandler pedisse demissão em 1 de dezembro de 1968. Chandler posteriormente se queixou da insistência de Hendrix em repetir tomadas de gravação a cada música (a música Gypsy Eyes aparentemente teve 43 tomadas, e ainda assim Hendrix não ficou satisfeito com o resultado) combinado com o que Chas viu com uma incoerência causada por drogas, fez com que ele vendesse sua parte no negócio a seu parceiro Mike Jefferey. O perfeccionismo de Hendrix no estúdio era uma marca - comenta-se que ele fez o guitarrista Dave Mason tocar 20 vezes o acompanhamento de guitarra de All Along The Watchtower - e ainda assim ele sempre estava inseguro quanto a sua voz, e muitas vezes gravava seus vocais escondido no estúdio.

Muitos críticos hoje crêem que Mike Jefferey teve uma influência negativa na vida e na carreira de Hendrix. Comenta-se que Jefferey (que foi anteriormente empresário da banda The Animals) desviou boa parte do dinheiro que Hendrix ganhou durante a vida, depositando-o secretamente em contas no exterior. Também se crê que Jefferey tinha fortes ligações com os serviços de inteligência (ele se dizia agente secreto) e com a Máfia.

Apesar das dificuldades de sua gravação, muitas das faixas do álbum mostram a visão de Hendrix se expandindo para além do escopo do trio original (diz-se que este disco ajudou a inspirar o som de Miles Davis em Bitches Brew) e vendo-o colaborar com uma gama de músicos um tanto desconhecidos, incluindo Dave Mason, Chris Wood e Steve Winwood (da banda Traffic), ou o percussionista Buddy Miles e o ex-organista de Bob Dylan, Al Kooper.

A expansão de seus horizontes musicais foi acompanhada por uma deterioração no seu relacionamento com os colegas de banda (particularmente com Redding), e o Experience se desfez durante 1969. Suas relações com o público também vieram a tona quando em 4 de Janeiro de 1969 ele foi acusado por produtores de televisão de ser arrogante, após tocar uma versão improvisada de “Sunshine of your Love” durante sua participação remunerada no show da BBC1, Happening for Lulu

Em 3 de Maio ele foi preso no Aeroporto Internacional de Toronto depois que uma quantidade de heroína foi descoberta em sua bagagem. Ele foi mais tarde posto em liberdade depois de pagar uma fiança de 10.000 dólares. Quando o caso foi a julgamento Hendrix foi absolvido, afirmando com sucesso que as drogas foram postas em sua bolsa por um fã sem o seu conhecimento. Em 29 de Junho Noel Redding formalmente anunciou à mídia que havia deixado o Jimi Hendrix Experience, embora ele de fato já houvesse deixado de trabalhar com Hendrix durante a maioria das gravações de Eletric Ladyland.

Em Agosto de 1969, no entanto, Hendrix formou uma nova banda, chamada Gypsy Suns and Rainbows, para tocar no Festival de Woodstock. Ela tinha Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell na bateria, Larry Lee na guitarra rítmica e Jerry Velez e Juma Sultan na bateria e percussão. O show, apesar de notoriamente sem ensaio e desigual na performance (Hendrix estava, dizem, sob o efeito de uma dose potente de LSD tomada pouco antes de subir ao palco) e tocado para uma platéia celebrante que se esvaziava lentamente, possui uma extraordinária versão instrumental improvisada do hino nacional norte-americano, The Star Spangled Banner, distorcida e quase irreconhecivél e acompanhada de sons de guerra, como metralhadoras e bombas, produzidos por Hendrix em sua guitarra (a criação desses efeitos foi inovadora, expandindo para além das técnicas tradicionais das guitarras elétricas). Essa execução foi descrita por muitos como a declaração da inquietude de uma geração da sociedade americana, e por outros como uma gozação anti-americana, estranhamente simbólica da beleza, espontaneidade e tragédia que estavam embutidas na vida de Hendrix. Foi uma execução inesquecível relembrada por gerações. Quando lhe foi perguntado no Dick Cavett Show se estava consciente de toda a polêmica que havia causado com a performance, Hendrix simplesmente declarou: “Eu achei que foi lindo.”

O Gypsy Suns and Rainbows teve vida curta, e Hendrix formou um novo trio com velhos amigos, o Band of Gypsys, com seu antigo companheiro de exército, Billy Cox, no baixo e Buddy Miles na bateria, para quatro memoráveis concertos na véspera do Ano Novo de 1969/1970. Felizmente os concertos foram gravados, capturando várias peças memoráveis, incluindo o que muitos acham ser uma das maiores performances ao vivo de Hendrix, uma explosiva execução de 12 minutos do seu épico anti-guerra ‘Machine Gun’.

No entanto, sua associação com Miles não foi muito longa, e terminou repentinamente durante um concerto no Madison Square Garden em 28 de Janeiro de 1970, quando Hendrix foi embora depois de tocar apenas duas músicas, dizendo à platéia: “Desculpem por não conseguirmos nos entender”. Miles posteriormente declarou durante uma entrevista de TV que Hendrix sentia que estava perdendo evidência para outros músicos. Passou o resto daquele ano em gravações sempre que arranjasse tempo, frequentemente com Mitch Mitchell, e tentando levar adiante o projeto Rainbow Brigde, uma super ambiciosa combinação de filme/álbum/concerto no Havaí. Em 26 de Julho Hendrix tocou no Sick’s Stadium, em sua cidade natal, Seattle.

Em Agosto ele tocou no Festival da Ilha de Wight com Mitchell e Cox, expressando desapontamento no palco em face do clamor de seus fãs por ouvir seus antigos sucessos, em lugar de suas novas idéias. Em 6 de Setembro, durante sua última turnê européia, Hendrix foi recebido com vaias e zombarias por fãs, quanto se apresentou no Festival de Fehmarn, na Alemanha, em meio a uma atmosfera de baderna. O baixista Billy Cox deixou a turnê e retornou aos Estados Unidos depois de supostamente ter utilizado fenilciclidina (N.T. substância analgésica).

Hendrix permaneceu na Inglaterra, e a 18 de Setembro foi encontrado na cama do quarto de um hotel onde estava com uma namorada alemã, Monika Dannemann, desacordado após ter tomado nove pílulas para dormir, e asfixiando em seu próprio vômito. Ele morreu horas mais tarde em um hospital. Seu corpo foi mandado de volta para casa e foi enterrado no Greenwood Memorial Park, em Renton, estado de Washington, nos Estados Unidos.

Parte do estilo único de Hendrix se deve ao fato dele ter sido um canhoto que tocava uma guitarra para destros virada ao contrário, com as cordas colocadas para canhoto. Embora ele tivesse e usasse diversos modelos de guitarra durante sua carreira (incluindo uma Gibson Flying V que ele decorara com motivos psicodélicos), sua guitarra preferida, e que será sempre associada a ele, era a Fender Stratocaster, ou “Strat”. Ele comprou sua primeira Strat por volta de 1965, e usou-as quase constantemente durante o resto de sua vida.

Uma característica da Strat que Hendrix utilizou ao máximo foi a alavanca de trêmolo, patenteada pela Fender, que o habilitou a “entortar” notas e acordes inteiros sem que a guitarra saísse da afinação. O braço relativamente estreito da Strat, de fácil ação, foi também perfeito para o estilo envolvente de Hendrix e potencializou enormemente sua grande destreza - como pode ser visto em filmes e fotos, as mãos de Jimi eram tão grandes que lhe permitiam pressionar todas as seis cordas com apenas a parte de cima do seu polegar, e ele podia, pelo que dizem, tocar partes rítmicas e solos simultaneamente.

As Statocasters foram primeiramente popularizadas por Buddy Holly e pela banda britânica The Shadows, mas elas eram quase impossíveis de serem obtidas no Reino Unido até a metade da década de 60, devido às restrições de importação do pós-guerra. O surgimento de Hendrix coincidiu com o fim dessas restrições, e ele, de forma indiscutível, fez mais do que qualquer outro músico para tornar a Stratocaster a guitarra elétrica mais vendida na história. Anteriormente à sua chegada ao Reino Unido, a maioria dos músicos mais conhecidos utilizava guitarras Gibson e Rickenbacker, mas depois de Hendrix, quase todos os principais guitarristas, incluindo Jeff Beck e Eric Clapton, trocaram para as Fender Strats. Hendrix comprou várias Strats durante sua vida; ele deu várias de presente (incluindo uma dada ao guitarrista do ZZ Top Billy Gibbons) mas muitas outras foram roubadas e ele mesmo destruiu diversas delas em seus famosos rituais de queima da guitarra ao final dos shows.

As partes queimadas e quebradas de uma Stratocaster que ele destruiu no Miami Pop Festival em 1968 foram dadas a Frank Zappa, que mais tarde a reconstruiu e tocou com ela extensivamente durante os anos 70 e 80. Depois da morte de Zappa, a guitarra foi posta à venda pelo filho de Zappa, Dweezil. Em maio de 1992, Dweezil colocou a guitarra à leilão nos Estados Unidos, esperando faturar US$ 1 milhão de dólares, mas a venda não foi efetuada. Tentou novamente leiloá-la em Setembro, por 450 mil libras (em torno de 650 mil Euros), mas mais uma vez a venda não foi efetuada. A maior oferta feita por telefone, de 300 mil libras (em torno de 430 mil Euros) foi recusada. A lendária Strat branca de 1968 que Hendrix tocou no Woodstock foi vendida na Casa de Leilões Sotheby de Londres, em 1990, por £ 174 mil (em torno de 250 mil Euros). A guitarra foi re-vendida em 1993 por £ 750 mil.

Hendrix foi também um revolucionário no desenvolvimento da amplificação e dos efeitos com a guitarra moderna. Sua alta energia no palco e volume elevado com o qual tocava requeriam amplificadores robustos e potentes. Durante os primeiros meses de sua turnê inicial ele usou amplificadores Vox e Fender, mas ele rapidamente descobriu que eles não podiam aguentar o rigor de um show do Experience. Felizmente ele descobriu o alcance dos amplificadores de guitarra de alta potência fabricados pelo engenheiro de áudio inglês Jim Marshall e eles se mostraram perfeitos para as necessidades de Jimi. Assim como ocorreu com a Strat, Hendrix foi o principal promotor da popularidade das “Pilhas Marshall” e os amplificadores Marshall foram cruciais na modelagem do seu som pesado e saturado, habilitando-o a controlar o uso criativo de “feedback” (N.T. re-alimentação) como efeito musical.

Hendrix foi também constante na procura de novos efeitos de guitarra. Ele foi um dos primeiros guitarristas a se lançar além do palco a explorar por completo as totais possibilidades do pedal wah-wah. Ele também teve um associação muito proveitosa com o engenheiro Roger Mayer e fez uso extensivo de muitos dos dispositivos desenvolvidos por ele, incluindo a “Axis Fuzz Unit” , o “Octavia octavia doubler” e o “UniVibe”, uma unidade de vibrato desenvolvida para simular eletronicamente os efeitos de modulação dos alto-falantes Leslie. O som de Hendrix era uma mistura única de alto volume e alta força, controle preciso do “feedback” e uma variação de efeitos de guitarra cortantes, especialmente a combinação “UniVibe”-“Octavia”, que pode ser escutada na sua totalidade na versão ao vivo de ‘Machine Gun’ gravada pela ‘Band of Gypsys’.

A despeito da sua agitada agenda de turnês e seu perfeccionismo notório, ele era também um produtivo artista que deixou mais de 300 gravações inéditas, além de seus três LPs oficiais e vários compactos. Ele se tornou lendário como um dos grandes músicos de rock’n’roll da década de 60 que, tal como Janis Joplin, Jim Morrison e Brian Jones se lançaram para o estrelato, tiveram sucesso por apenas uns poucos anos, e morreram ainda jovens.

Jimi Hendrix foi um símbolo do movimento hippie e nunca esqueceremos sua musica e seu espirito de trabalhador exigente mas criativo acima de tudo.

Depois da morte de Hendrix, centenas de gravações inéditas começaram a surgir. O produtor Alan Douglas causou controvérsia quando supervisionou a mixagem, remasterização e lançamento de dois álbuns de material importante que Hendrix deixara para trás em diferentes estados de finalização. São os LPs “Crash Landing” e “Midnight Lightning”, e embora eles contenham várias faixas importantes, são álbuns considerados de qualidade abaixo do padrão; é quase certo que Jimi não os teria aprovado para lançamento se estivesse vivo.

Em 1972, o produtor britânico Joe Boyd montou um excelente filme documentário sobre a vida de Hendrix, que ficou em cartaz em cinemas ao redor do mundo por muitos anos. A trilha sonora dupla do filme, que incluía apresentações ao vivo em Monterey, Berkeley e Ilha de Wight é, provavelmente, a melhor das realizações póstumas.

Outro LP surgido nos anos 70 que valeu a pena foi a compilação ao vivo ‘Hendrix In the West’, que consiste de uma seleção das melhores gravações ao vivo em solo americano dos últimos dois anos de sua vida, incluindo uma brilhante execução da favorita nos concertos, a música “Red House”.

Embora o filme em si seja geralmente considerado pouco interessante, a trilha de ‘Rainbow Bridge’ prova que realmente é um item que vale a pena, e agora é item de colecionador. Ela inclui várias faixas que eram destinadas ao projeto de lançamento do quarto disco de estúdio de Hendrix, ‘First Rays of the New Rising Sun’, a sequência não completada de Eletric Ladyland. Essas faixas de estúdio, incluindo Dolly Dagger, Earth Blues, Room Full of Mirrors e a melancólica instrumental Pali Gap, mostram Hendrix avançando suas técnicas no estúdio a novos níveis, assim como absorvendo influências de “Black Soul” contemporâneo e do “Funk” de James Brown e Sly & The Family Stone.

O LP da trilha sonora de ‘Rainbow Bridge’ se destaca pela extensa versão ao vivo de outra das melhores apresentações de Hendrix, a versão elétrica de dez minutos do “stardard” do blues ‘Hear My Train A Comin’. Ele gravou originalmente essa música em 1967 para um filme promocional, tocando-a em caráter improvisado num blues ao estilo do “Delta” em um violão de 12 cordas emprestado. A versão eletrificada de 1970 (que permanece ao lado de ‘Machine Gun’ como sendo uma das suas melhores gravações ao vivo) mostra a música transformada, quase irreconhecivel; como ‘Machine Gun’, ela apresenta todos os elementos clássicos e algumas inspiradas improvisações do som elétrico de Hendrix. A faixa foi gravada ao vivo em um concerto no Centro Comunitário de Berkeley, na Califórnia; um pequeno trecho filmado dessa apresentação ao vivo foi também incluída no filme “Jimi Plays Berkeley”.

O interesse por Hendrix diminuiu um pouco nos anos 80, mas com o advento do CD, a Polygram e a Warner-Reprise começaram a relançar muitas das gravações de Hendrix em CD no fim dos anos 80 e início dos 90. Os primeiros relançamentos da Polygram foram de baixa qualidade e Eletric Ladyland teve prejuízo particular, sendo evidente a transferência das fitas originais do LP, com as faixas colocadas fora da sua ordem correta. Isso refletiu na ordem original do LP, um artefato dos dias em que os LPs duplos eram prensados com os lados um e três em um LP e e os lados dois e quatro no outro LP, para que os discos pudessem ser colocados em uma vitrola automática e tocados em sequência direto, somente trocando-os de lado uma vez.

A Polygram lançou em seguida um conjunto duplo de 8 CDs de qualidade superior com as faixas de estúdio em um conjunto de 4 CDs, e as apresentações ao vivo em outro. Isto foi seguido pelo lançamento de um conjunto de 4 Cds de apresentações ao vivo pela Reprise. Um documentário de áudio, originalmente feito para rádio e mais tarde lançado em 4 CDs também foi lançado por essa época e incluía muito material inédito.

No final dos anos 90, depois que o pai de Hendrix recuperou o controle sobre a propriedade de seu filho, ele e sua filha Janie estabeleceram a companhia “Experience Hendrix” para promover e cuidar de todo o extenso legado de gravações de Jimi. Trabalhando em colaboração com com engenheiro original de Jimi, Eddie Kramer, a companhia iniciou um extenso programa de relançamentos, incluindo edições totalmente remasterizadas dos álbums de estúdio e CDs de compilações de faixas remixadas e remasterizadas destinadas ao álbum ‘First Rays of New Rising Sun’. Em 1994, foi lançado a compilação chamada Blues. Em 1999, em comemoração ao aniversário de 30 anos do Festival de Woodstock, foi lançado o álbum duplo Live at Woodstock.

Até agora, a companhia “Experience Hendrix” faturou mais de US$ 44 milhões de dólares em gravações e “merchandising” associado.

Na falta de um testamento, Al Hendrix, pai de Jimi, herdou os direitos e “royalties” das gravações do filho, e confiou-os a um advogado, o qual supostamente enganou Al convencendo-o a vender esses direitos a companhias pertencentes a ele próprio. Al processou-o em 1993 por administrar de forma incompetente esses bens. O processo foi financiado pelo co-fundador da Microsoft, Paul Allen, um fã devoto de Hendrix de longa data. Em uma resolução de 1995, Al Hendrix finalmente recuperou o controle sobre todas as gravações do filho. Diversos álbuns foram então remasterizados a partir das fitas originais e relançados. Al Hendrix morreu em 2002 com 82 anos. O controle dos bens e da companhia Experience Hendrix, que fora montada para administrar o legado de Hendrix, passou então à meia-irmã de Jimi, Janie.

Em 2004, Janie Hendrix foi processada por seu meio-irmão, Leon Hendrix, irmão mais novo de Jimi, o qual foi deixado de fora do testamento de seu pai, em 1997. Ele buscava a restauração de sua parte na herança e a remoção de sua meia-irmã da posição de controle da propriedade de Hendrix.


Fonte: http://www.jimihendrix.com.br/

2 Music

The Runaways - Cherry Bomb

1 Music

Cazuza - Pro dia nascer feliz

História da Banda Foo Fighters



Foo Fighters é uma banda de rock alternativo americana formada por Dave Grohl em 1995. Seu nome é uma referência ao termo “foo fighter”, usado por aviadores na Segunda Guerra Mundial para descrever fenômenos aéreos misteriosos, chamados “OVNIs”, na sigla americana “UFO”. A banda atingiu o sucesso internacional lançando vários hits como: “This Is a Call”, “Everlong”, “Learn to Fly”, “All My Life”, “Times Like These”, “Best of You”, “My Hero”, “DOA” e “The Pretender”. Quatro de seus álbuns — “There Is Nothing Left to Lose”, “One by One”, “Echoes, Silence, Patience & Grace” e “Wasting Light” — ganharam o Grammy por “Melhor álbum de rock”.

Dave Grohl entrou para o Nirvana em 1990, mas estourou no ano seguinte liderando o chamado movimento GRUNGE de Seattle.

Com o fim trágico da banda em 1994 — quando o vocalista Kurt Cobain cometeu suicídio — Dave, então, para tentar superar esta tragédia, entrou no Robert Lang’s Studio em Seattle com o amigo e produtor musical Barret Jones. No espaço de uma semana, Grohl gravou as faixas cantando e tocando todos os instrumentos, com exceção de uma guitarra em “X-Static” que foi tocada por Greg Dulli, do grupo americano Afghan Whigs. Atrelado à gravadora Capitol Records pelo descobridor de talentos Gary Gersh (que havia trabalhado com o Nirvana), Grohl teve suas faixas mixadas , sendo que o resultado tornou-se posteriormente o primeiro álbum do Foo Fighters que carrega o mesmo nome da banda.
No começo era apenas um projeto e logo depois de Krist Novoselic recusar o projeto com Grohl, com medo de ser comparado ao Nirvana, Dave chamou dois integrantes da extinta banda Sunny Day Real Estate: Nate Mendel no baixo e William Goldsmith na bateria (1995 a 1997); Pat Smears (Germs), que foi um membro não-oficial do Nirvana após o lançamento de “In Utero”, foi adicionado como segundo guitarrista, formando assim os Foo Fighters.
A banda começou a turnê em 1995, lançando seu primeiro single em junho do mesmo ano, chamado: “This Is a Call”. No mês seguinte ocorreu o lançamento oficial do trabalho da banda e eles começaram a trabalhar outros singles, como “Big Me” e “I’ll Stick Around”.

O primeiro show da banda ocorreu no Jambalaya Club (Califórnia), no dia 23 de Março de 1995.Após a saída de William Goldsmith em 1997, a sua substituição foi feita por Taylor Hawkins (Alanis Morissette) e, em 1999, o guitarrista Chris Shiflett entra para o Foo Fighters.

Fonte: http://www.foofightersbr.com/

Frase do dia !!!!

Boa Tarde galera \m/ Hoje é o niver do :

 Angus Young (guitarrista do AC/DC) 31/03/55



sexta-feira, 28 de março de 2014

Music

Iron Maiden - Sign of the Cross

Letra de música

About A Girl

Nirvana

I need an easy friend
I do... With an ear to lend
I do... Think you fit this shoe
I do... But you have a clue


I'll take advantage while
You hang me out to dry
But I can't see you every night
Free, I do...


I'm standing in your line
I do... Hope you have the time
I do... Pick a number too
I do... Keep a date with you


I'll take advantage while
You hang me out to dry
But I can't see you every night

Free, I do...

I need an easy friend
I do... With an ear to lend
I do... Think you fit this shoe
I do... But you have a clue


I'll take advantage while
You hang me out to dry
But I can't see you every night
I can see you every night
Free


I do, I do, I do, I do...

História da banda Motorhead


 
 

Tudo começou da seguinte forma: Era uma vez uma camarada que entre muitas coisas na vida, foi roadie do maior guitarrista que Seatle já produziu, pra não dizer, que o mundo já produziu. Esse cidadão ilustre foi, conforme o já citado, Jimmi Hendrix. Durante uns tempos, exerceu a mesma função em uma banda anarco-psicodélica de nome HAWKWIND. Numa noite em que a banda se apresentaria e o baixista simplesmente não apareceu, Lemmy se oferece como substituto. Inclusive, ele vinha a meses vendendo o seu peixe para o pessoal da banda, dizendo que era um grande baixista. Na verdade, antes daquela noite, ele nunca havia tocado baixo na sua vida. Sua única experiência musical tinha sido numa banda de nome THE ROCKING VICARS, como guitarrista. Depois daquela primeira experiência, Lemmy ficaria como baixista do Hawkwind até 1975, quando saiu, ou foi saído, a história é meia confusa, para formar o MOTORHEAD ( "CABEÇA MOTORIZADA"), que é o nome de uma das músicas do Hawkwind, escrita por Lemmy .

Lemmy tinha 28 anos em 1975. Essa informação é interessante só para exemplificar que nunca é tarde para se começar alguma coisa e também nunca é hora de sair de cena porque, se fizermos as contas, o grande Kilmister tem hoje 53 anos na mais plena atividade e com certeza não passa pela cabeça dele acabar com o Motorhead tão cedo. A medida de alguma coisa meus camaradas é sempre as batidas do seu coração: enquanto ele estiver funcionando o tempo é apenas uma referencia cronológica. Mas, voltemos a história. Alem do Lemmy o Motorhead tinha na sua primeira formação LARRY WALLIS na guitarra e LUCAS FOX na bateria, portando, já nasceu power trio, situação que mudaria mais tarde, como veremos em seguida. As primeiras gravações da banda seriam feitas na major United Artists, para quem não sabe, empresa fundada pelo grande e único CHARLES CHAPLIN que no ínicio era apenas produtora de filmes.

Essa gravações ficaram durante vários anos engavetadas pela gravadora, apesar da insistência da banda em ver o material lançado, o que só aconteceria em 1979, de forma oportunista pela UA, depois que a banda já havia alcançado o estrelado, no álbum ON PAROLE (expressão em inglês que significa "em condicional"). Nesse meio tempo Lucas Fox é substituído por PHIL "ANIMAL"TAYLOR. A banda decide então contratar um quarto membro. Esse quarto membro se materializa na figura do guitarrista EDDIE "FAST"CLARK. Larry Wallis, que vinha se alternando como guitarrista tanto do Motorhead como de uma outra banda, decide abandonar o grupo em favor da segunda. A outra banda era a PINK FAIRES, uma vigororosa e infelizmente desconhecida banda de Hard Rock dos anos 70, entre tantas outras do mesmo calibre e também com o mesmo destino, ou seja, o anonimato. Mais tarde Larry reconheceria a decisão como um grande erro.

Nessa época a imprensa não via a banda com bons olhos. Sem conseguir gravar, Lemmy e "comparsas", tocavam em todos os festivais que apareciam pela frente. STIFF RECORDS, uma pequena gravadora, sinalizou a possibilidade da banda gravar um single , mudando de idéia logo em seguida, mesmo depois do material gravado que saiu apenas em compilações. Mas a história do Motorhead estava próxima de ser mudada . Uma amigo de Lemmy de nome Ted Carrol dono da CHISWICK RECORDS ofereceu dois dias de estúdio para a banda, tempo suficiente para a gravação de um single (compacto, muito comum na época). Acontece que, devido aos incessantes ensaios e também às muitas apresentações do grupo, as músicas estavam praticamente nas pontas dos dedos. Esses dois dias acabaram sendo suficientes para a gravação de sete faixas e mais o compacto. Devido a grande desenvoltura exibida pelo grupo que impressionou muito a Ted Carrol, ganharam mais um tempo de estúdio, onde finalmente conseguiram finalizar o tão batalhado álbum. Nome do álbum: "MOTORHEAD".

A imprensa , tão ávida em massacrar a banda, se rendeu às qualidade do álbum e a uma bem sucedida tour, enquanto os MOTORHEDBANGERS, ou seja, os fãs da grupo, aumentavam em progressão geométrica. Assinariam logo em seguida com a BRONZE RECORDS ( mesma gravadora do fudíssimo URIAH HEEP) onde gravariam um single com a música "Louie, Louie" que havia feito um estrondoso sucesso em 64 com o grupo Inglês KINGSMEN ( essa música seria regravada dezenas de vezes no futuro).

Em decorrência do sucesso alcançado com o compacto, gravariam sem muita perda de tempo o demolidor "OVERKILL" em 79, com porradas tais como "Overkill" e "Metropolis". O próximo álbum. "BOMBER" colocaria o Motorhead entre os grandes em venda e acrescentaria mais clássicos na carreira do Motorhead, o que seria um lugar comum na carreira da poderosa "Cabeça Motorizada". Sem dúvida, a mais fudida desse disco é "Stone Dead Forever" .

No disco "Bomber" Lemmy colocaria muito daquilo que ele mais aprecia, que é assuntos referentes a guerras, principalmente a 2° Guerra Mundial. Lemmy é fanático por história e, não é raro encontra-lo lendo algum livro ou assistindo vídeos sobre assuntos diversos. Para ele, a figura que mais interferiu na história do mundo nos últimos tempos foi Adolf Hitler, ele mesmo, uma das maiores bestas de todos os tempos. É bom explicar que isso não tem nada a ver com admiração mas, simplesmente uma conclusão óbvia a respeito de um indivíduo que comprou uma treta braba em escala mundial, matando milhões, responsável também por gigantescas mudanças geográficas sendo a maior delas, a divisão da Alemanha em dois pedaços e contribuindo para que os Estados Unidos da América se transformasse na nova Roma que é hoje, visto que o início da sua hegemonia data do final dessa guerra.

O logo do Motorhead, uma espécie de caveira com corrente e tudo o mais, tem uma certa semelhança com aquelas medalhas distribuídas por atos de bravura na guerra e foi desenhada por Lemmy. Voltando ao "Bomber" ("Bombardeio"), o avião da capa do disco é um W.W. II Heinkel 111, muito utilizado... na 2° Guerra, é claro! Uma curiosidade nesse trabalho é a faixa 8, "Step Down", onde quem canta não é o Lemmy mas, Eddie Clarke. O próximo disco da banda "ACE OF SPADES" é considerado por uma massa muito grande de fãs, como o melhor disco do Motorhead. Gravado entre Agosto e Setembro de 1980, o novo trabalho traz na capa, Lemmy, Phil Taylor e Eddie Clark, paramentados como que saídos de algum filme de Sergio Leone, praticamente o criador daquilo que foi chamado no Brasil de "Bang Bang a Italiana", perdido em algum deserto do velho oeste ( a foto foi feita em uma pedreira na própria Inglaterra!), uma foto que já faz parte da história do rock.

A clássica das clássicas que da nome ao disco ,"Ace Of Spades" ( "If you like to gamble/ I tell you i'm your man/ You win some/ Lose some/ It's all the same to me/ The pleasure is to play/ Makes no difference what you say"- "Se você gosta de jogar/então eu sou quem você procura/ Você ganha algumas vezes/ Perde outras/ É tudo igual pra mim/ O prazer esta em jogar/ Na faz nenhuma diferença o que você diz"), resume muito bem a banda. Muito embora uma primeira leitura menos avisada nos remeta a um jogo de cartas qualquer, na verdade "Ace of Spades" ("As de Espadas") tem mais a ver com a própria história e a postura do Motorhead. Afinal de contas, a vida é ou não é uma merda de um jogo, onde às vezes blefamos e precisamos escolher muito bem as cartas pra não se ferrar de verde e amarelo? O disco também dá continuidade a outra fissura de Lemmy que é a fascinação pelas histórias que rolavam no oeste americano da época das diligências, como é demostrado pela capa do "Ace of Spades" e também nas letras, tema que já havia sido explorado de certa forma no "Bomber". Finalmente, "Ace os Spades" foi com certeza o disco que colocou o Motorhead no patamar das grandes bandas de todos os tempos.

TERREMOTO
Um terremoto estava a caminho e ele atingiria a banda durante a tour do álbum "Iron Fist" de 1982. Porem, antes que isso acontecesse, a banda lançou em 81 o disco ao vivo "No Sleep 'Til Hammersmith", com 11 faixas, entre elas "Ace os Spades", "Metropolis", "Overkill", "Bomber" e "Motorhead". Mas, vamos ao terremoto. Produzido pela própria banda, "Iron Fist" contém todo o poderio do grande "Motor", seja nas letras, nas melodias ou na fúria instrumental do grande trio. Como não poderia ser de outra forma, o novo álbum agregaria no mínimo mais seis clássicos a um universo já bem grande de musicas poderosas.
O disco abre na melhor tradição baixo devastador de Lemmy na música "Iron Fist" ( "Punho de Ferro"), que lembra muito os acorde iniciais de "Ace of Spades". Não respire, "Heart Of Stone" é a próxima. Fast Eddie detona sobre nós uma riferama inigualável, solos na velha escola pentatonica (escala de blues), com direito a Cry Baby ( Wha, Wha), efeito imortalizado por Jimmi Hendrix. "I'm The Doctor" é puro "drugs" onde o doutor Lemmy prescreve como sair da depressão. Tem também, "Go To Hell", "Loser", "Sex Outrage", etc. é um disco inspirado, onde não existe nenhuma faixa tapa buracos. É para se ouvido inteiro, com uma bela garrafa de vodka, muitas cervejas e uma mina que aprecie a banda e outros detalhes que você com certeza sabe.

A tour do "Iron Fist" foi uma das mais caras da história do Motorhead. No fundo do palco, uma mão gigante que se abria e vários adereços pendurados no teto. O problema sísmico começou ai. Alem de ter custado muitos Dollars, era muito trabalhoso carregar todo o palco para os diversos lugares onde a banda se apresentou. As coisas ficaram mais pretas ainda durante a tour de lançamento nos Estados Unidos (O Motorhead, claro que você já sabe, é uma banda Inglesa). Depois de meses de estrada, Lemmy resolve parar tudo para gravar uma música ( "Stand By Your Man") com a vocalista da banda "PLASMATICS" Wendy Orleans Williams (que morreu a poucos anos), o que desagradou e muito o guitarrista Fast Eddie, que abandona a banda. Para o seu lugar é arregimentado o ex-THIN LIZZY ( Outra grande banda, referencia para muitos grupos) Brian Robertson, para ajudar na finalização da estadia americana. Era o fim do famoso power trio.

O que deveria ter sido temporário, durou muito mais do que o esperado. Depois de uma temporada no Japão, a banda resolve voltar aos estúdios, ainda com Brian na formação, para gravar um novo álbum de nome "Another Perfect Day"("Mais Um Dia Perfeito"). Estamos em 1983. Muito embora Brian Robertson fosse um grande guitarrista, ele não conseguiu um bom relacionamento com o público, mesmo porque ele se negava a tocar os velhos sucessos do Motorhead. Um outro agravante era o fato do disco novo não funcionar bem ao vivo.

Então, de forma amigável, Brian deixa a banda. Depois dessa experiência, Lemmy decide não mais contratar figuras reconhecidas no circo do rock , decidindo por desconhecidos. Depois da audição de dezenas de demo tapes, decide não por um mas, por dois guitarristas: Phil Campbel e Wurzel. Mas, o terremoto ainda não havia acabado. Logo após uma apresentação na BBC de Londres com a nova formação, Phil Animal Taylor abandona a banda. No seu lugar entraria o ex-SAXON Peter Gill (contrariando a premissa de não mais colocar gente famosa no grupo). Nesse meio tempo a Bronze Records resolve lançar no mercado um compilação dos discos da banda. Depois de muita insistência, para provar que a banda não estava morta, Lemmy consegue inserir nesse trabalho, quatro faixas com a nova formação. "No Remorse", um álbum duplo, foi lançado em 1984 e rendeu um Disco de Platina.

Novamente em estúdios, após o sucesso de "No Remorse", o quarteto gravaria "Orgasmatron", depois do qual, Peter Gill abandonaria a banda. Quem tem o vinil desse disco sabe que um dos seus lados é muito bom e o outro, quase muito bom. Esse lado muito bom , no meu entender, é aquele contendo "Build for Speed", "Ridin' With The Driver", "Doctor Rock" e "Orgasmatron". "Build For Speed" e "Doctor Rock" são como juramentos de fé ao velho Rock&Roll e "Ridin" With The Driver" as implicações que esse amor impõe, ou seja, quando você monta em uma "locomotiva", você está longe se um cara comum com as possibilidades dos caras comuns, tais como cachorro, família, residência fixa, etc. "Orgasmatron" é aquele riff pesado e arrastado, regurgitado de alguma entranha cheia de raiva. São três estrofes sobre três pragas básicas criadas pelas mãos dos homens: Religiões, políticos e guerras. "Eu sou chamada religião, sádica sagrada prostituta", provoca Lemmy, depois de desfilar um glossário de calamidades provocadas pelas religiões desde de ontem e sempre. "Eu falsifico a verdade, eu governo o mundo, eu sou a própria fraude", é só o início da estrofe "dedicada" aos políticos. A última fala de "Mars" (Marte), mitológico Deus da guerra , sem no entanto perder o fio da realidade. "Orgasmatron" é também a música que deu uma boa alavancada na carreira do maior grupo Brasileiro em termos de reconhecimento mundial, o "SEPULTURA".
Voltando a saída de Peter da banda, advinha quem ocuparia a sua vaga? Se você disse Phil Animal Taylor, acertou na mosca. Com a volta de Phil o Motorhead gravaria "Rock'n'Roll". Uma das músicas desse disco , a fantástica "Eat The Rich" ("Coma os Ricos"), rendeu um filme com o mesmo nome, onde o herói era um travesti , Lemmy aparece como ator e trilha sonora tem músicas do grupo.

O Motorhead sempre teve uma grande aceitação tanto por parte dos tradicionais Headbangers, como também pelos Punks. Em vários vídeos da banda é possível verificar essa verdade. Constatei isso pessoalmente quando o VARUKERS, uma das maiores bandas de Hardcore da Inglaterra, esteve no Brasil, numa conversar com BIFF, o guitarrista do grupo, que confessou adorar o Motorhead alem de usar camisetas com o logo da banda. Joey Ramone, SEMPRE usou camisetas do Motorhead. É, portanto, uma das raras bandas que consegue esse tipo de unanimidade. Lemmy com certeza sabe disso. Tanto que no disco "1916", lançado em 91, uma das músicas leva o nome de "Ramones". A faixa cinco do álbum, "Going to Bazil" ("Indo Para o Brasil"), é uma espécie de homenagem da banda para com o país onde o "Motor" tem uma gigantesca legião de fãs.

O CD de capa totalmente Preta e logo Branco "March or Die" ("Marche ou Morra"), tem várias participações especiais, uma cover de Ted Nugent e um novo baterista , Mikkey Dee ( ô raça difícil gente! Brincadeira...), ex-MERCYFULL FAITH (epa! Outro famoso!). Nessa época a banda já estava morando nos Estados Unidos da América. Esse álbum tem coisas "estranhas" como um balada "I Ain't No Nice Guy" ( "Eu não sou nenhum cara agradável"), que começa com Lemmy no violão, rola um pianinho e tem Ozzy Osbourne num dueto com o Sr. Kilmister e também Slash ( ex-Guns and Roses") na guitarra solo. Tem também a música "Hellraiser", composta a três mãos, por Ozzy, Lemmy e o fantástico guitarrista Zakk Wylde, que durante um tempo fez parte da banda de Ozzy Osbourne. Na faixa 9 "Too Good To Be True" ("Muito bom para ser verdade"), um Lemmy romântico com um instrumental que lembra muito o NWOBHM. ("Nova Onda do Metal Britânico") . "You Better Run" ("É melhor você correr"), é um blusão também com a participação de Slash. A faixa que dá titulo ao disco "March Or Die" segue o estilo arrastado e letra quilométrica da música "Orgasmatron" com a voz de Lemmy soando como a própria besta anunciando o Armagedom. Uma grande faixa para fechar um grande disco.

ANOS 90
Os anos noventa ainda teriam mais quatro álbuns de estúdio do incansável Motorhead, vários ao vivo e muitos piratas. Os de estúdio são: SACRIFICE, OVERNIGHT SENSATION, SNAKE BITE LOVE, e o último WE ARE MOTORHEAD. Procurei o "Sacrifice" e o "Snake Bite Love" na Galeria do Rock ( Rua 24 de Maio, 62- Região central de São Paulo) e não achei em lugar nenhum, portando vou ficar devendo algum comentário a respeito. Alias, aqueles que eu não comentei é porque eu não os tenho e devo confessar que comprei pelo menos quatro nessas últimas semanas de 2000 para poder fazer um trabalho com o mínimo de informação que vocês merecem. Um desses foi o "Overnight Sensation" de 96 , que conta apenas com o Wurzel na guitarra.
A primeira faixa "Civil War" é uma porrada que lembra muito JUDAS PRIEST com a guitarra de Wurzel Pesando toneladas! "Eat the Gun", a faixa quatro é quase Hardcore, 2:13 minutos verdadeiramente massacrantes. Vou cometer a heresia de dizer que esse é o disco do Motorhead menos Motorhead que eu já ouvi. Em algumas faixas, da mesma forma que eu disse que a primeira parece Judas , se você é fã do SAXON, vai até poder dizer "Pôrra, essa parece com o Saxon" e não vai estar errado, como é o caso da faixa 7 "Broken". Sabe aquela história de que o Motorhead é Metal, desmentida pela boca do próprio Lemmy? Nesse CD, esquece. Tá Metal pra caralho! Você já ouviu alguma música do Motorhead com pedal duplo na bateria? Nãaao!! Nem eu! Melhor, não tinha ouvido porque, Mikkey Dee, aquele do "March Or Die" usa e abusa do mesmo na faixa 10, "Shake the World". Por último, a faixa 11, "Listen To Your Heart" trás Lemmy novamente ao violão. Então, não demore tanto quanto eu para comprar esse trabalho de 96. Buy now! (Quanto ao último, "We Are Motorhead", já que a minha grana acabou, vocês vão ter que correr o risco my friends! De garantia o fato de o velho Kilmister nunca ter "faiado".)

MOTORHEAD NO BRASIL
O Motorhead já esteve quatro vezes no Brasil. Na primeira, em 1989, tocou no Ibirapuera e no falido Projeto SP. No Ibirapuera a banda de abertura foi o VIPE. Lá pelas tantas do show deu um pane na aparelhagem e Lemmy teve que declamar as ultimas frases de "Orgasmatron". Na verdade , os dois shows eram pra ter acontecidos no Ibirapuera mas, devido ao problema citado acima, justamente no segundo dia de show, o mesmo foi transferido para o Projeto SP, valendo o mesmo convite. A segunda foi no Olímpia em 92, onde infelizmente não pude ir. Em 96 foi a vez da banda se apresentar no Monsters Of Rock, ocasião em que estive presente. A ultima foi agora em 2000 no Credicard Hall ( que merda! Não fui também!)., onde a banda tocou um clássico do "Sex Pistols", "Good Save the Queen" ( Lembra? Motorhead/Punk Punk/Motorhead...), faixa também do último CD do grupo "We are Motorhead", citado acima. Um amigo meu de São Caetano do Sul, ABC Paulista, que assistiu à apresentação da banda, disse que a aparelhagem estava horrível e que por esse motivo não foi um grande show. Imaginem vocês se tivesse sido a apresentação de uma banda iniciante. Com certeza sairia do Credicard Hall queimadíssima! Até quando vamos ter que aguentar amadores num quesito importantíssimo que é o de equipamentos para shows, entre outras pisadas na bola?

FUTURO
FUTURO Fica difícil falar do futuro quando nem ao menos podemos prever no almoço o que comeremos na janta. Entretanto, existem certos fatos que nos permitem algumas especulações. Lemmy tem tatuado no braço a frase "Born to lose, live to win" ("Nascer para perder, viver para ganhar") e a história do Motorhead tem provado ser verdadeira essa premissa, pelo menos a parte que fala de ganhar. Quando o famoso power trio se dissolveu logo depois do disco "Iron Fist", até os mais otimistas pensaram que seria o fim. Muitos anos depois, não sem mais problemas enfrentados no caminho, a história continua. A banda não debandou para o popismo fácil como é o caso do Metallica. Nem mesmo as drogas assumidas por Lemmy, que é o elemento mais devastador e de maior peso para o fim de várias bandas, conseguiu detonar o monstro. Nem as cinco décadas e picos de idade da alma do Motorhead conseguiu interferir na vida do mito. Eis os fatos. Portanto não é absurdo antever ainda muitos e muitos anos de vida para o Motorhead, inclusive tocando ao vivo aqui para nós. Acredito que é esse o desejo dos verdadeiros fãs dessa que é uma das bandas mais amadas no cenário da música pesada.

Fonte: http://www.portaldorock.com.br/

Faz sentido *-*

Boaaa Noitee =) galera ( frase do dia )


quinta-feira, 27 de março de 2014

História da banda Sepultura




Foi em Belo Horizonte, no ano de 1983 que a história do Sepultura começou. Mais precisamente quando os irmãos Cavalera Max e Igor decidiram chamar seus amigos de colégio Paulo Junior e Jairo para montar uma banda.

Um ano depois, num festival de bandas em Belo Horizonte, a Cogumelo Records contrata a banda, após o dono da gravadora ter assistido o show do Sepultura, e o grupo decide fazer um disco. O nome é Bestial Devastation, que foi gravado em apenas dois dias (dividido com a banda Overdose), mas só seria lançado em 1985. A banda, então, faz uma tour brasileira pra promover o novo petardo.

Já em 1986, é gravado o Morbid Visions, ainda pela Cogumelo Records e a banda sai em turnê novamente. Pouco depois, a gravadora relançaria o Bestial Devastation e o Morbid Visions em um só LP/CD. Ainda no mesmo ano, o guitarrista Jairo sai da banda, e Andreas Kisser, que já havia feito algumas jams com o grupo, junta-se a ele. Ainda em 86, o Sepultura processou o selo Shark por ter lançado albuns do Sepultura fora do Brasil.

No ano seguinte, depois de escrito o álbum, sai o Schizophrenia, que foi o primeiro com Andreas na guitarra, e o último com a produção da gravadora Cogumelo. Foi com esse disco que a banda disparou, e vendeu cerca de 10.000 cópias nas primeiras semanas. A gravadora New Renaissance lançou o disco nos Estados Unidos.

Em 89, o Sepultura assinou com a Roadrunner Records, conseguindo um contrato de (pasmem!) sete anos. Como era o que a banda precisava (grande contrato numa grande gravadora), lançaram o novo disco pelo novo selo, sendo o terceiro petardo do grupo: Beneath the Remains. Este foi gravado em nove dias e produzido por Scott Burns. O disco
foi um dos melhores lançamentos do ano sendo comparado até a Reign in Blood, do Slayer. E, pela primeira vez, o Sepultura sai em tour fora do Brasil, tocando junto com o Sodom na Áustria.

Em 90, a banda toca em vários shows, incluindo o Dynamo Open Air Festival, com cerca de 26.000 pagantes, e conhecem Gloria Bujnowski, empresária do Sacred Reich. O grupo decide tê-la também como empresária. Depois das apresentações, o Sepultura entra em estúdio para regravar Troops of Doom, que a RoadRunner usaria para relançar o Schizophrenia remixado. Ainda no mesmo ano, a Cogumelo relança Bestial Devastation com uma nova versão de Troops of Doom. É a batalha entre as gravadoras.

Em 1991, o Sepultura toca no Rock in Rio II, para 50.000 pessoas. Dois meses depois, a atual gravadora da banda lança Arise, que vende cerca de 160.000 cópias nas 8 primeiras semanas, sendo considerado pela grande maioria dos fãs de longa data, o melhor disco do grupo.

No mesmo ano, são lançados alguns singles, como Arise, Under Siege (Regnum Irae), Dead Embryonic Cells e Altered State.

Em 92 Third World Posse é lançado. O cd tem 3 músicas ao vivo tiradas do vídeo Under Siege (ao vivo em Barcelona), além de Drug Me (de Jello Biafra) e Dead Embryonic Cells, do disco Arise. Ainda em 92, acontece o casamento de Max com a atual empresária Glória.

Em 93, o Sepultura lança o disco Chaos AD, que já possuía influências tribais e já não tinha toda a violência de Arise, e menos ainda dos primeiros álbuns da banda. Ainda assim, percebia-se que a banda ainda se preocupava com a situação geopolítica mundial, pois pérolas como Refuse/Resist e Territory estão incrustadas neste álbum, além de Manifest, que denunciava o massacre da penintenciária do Carandirú, famosa chacina de presidiários.

Chaos AD também inclui um cover do New Model Army, The Hunt. Biotech is Godzilla foi escrita por Jello Biafra, além de uma faixa especial, onde os integrantes se acabam de rir e gritar, e mais uma versão de Polícia, dos Titãs, disponível apenas na versão brasileira do CD. O single Territory também é lançado nesse mesmo ano. Ainda em 93 nasce o primeiro filho de Glória e Max: Zyon.

Em 1994, o EP Refuse/Resist é lançado. O álbum é uma espécie de coletânea com músicas ao vivo, de estúdio, Drug Me (de Jello Biafra) e ainda uma música de nome Inhuman Nature, da banda Final Conflict. O single Slave New World é lançado.

No mesmo ano, a banda é registrada como sendo o primeiro grupo terceiro mundista a tocar no Donington Monsters of Rock, na frente de 50.000 pessoas, quantidade equalitária ao Rock In Rio II, onde o Sepultura também foi atração (pra quem diz que o Brazil não tem público como na Europa).

Em 94, Andreas se casa com Patrícia, e a banda começa a compor material para novo álbum e single. No ano seguinte, o segundo vídeo do Sepultura, o Third World Chaos é lançado, contendo alguns clips da banda, trechos de entrevistas com a MTV brazileira, americana, européia, até japonesa. O vídeo contém até um trecho de entrevista em que o entrevistador é Bruce Dickinson (quando ele tinha de seu programa de entrevistas na rede inglesa de televisão). Ainda em 95, nasce Giulia Cavalera, a primeira filha de Patrícia e Andreas; Igor se casa com Monika, e Igor Amadeus, segundo filho de Glória e Max, nasce.

Em 1996, o single Roots Bloody Roots é lançado, contendo 4 faixas: Roots Bloody Roots, Procreation of the Wicked (um cover da banda black metal oitentista Celtic Frost), Refuse/Resist e Territory (ambas gravadas ao vivo em Minneapolis, EUA). Como de praxe, outros singles foram lançados: Ratamahatta e Attitude. Mais tarde, no mesmo ano, sai Roots, um dos álbuns mais aguardados do ano.

O disco mostrou um lado mais experimental da banda, com uma música com participação de Carlinhos Brown (Ratamahatta), e presença ao longo do disco de percussão, berimbau e várias batidas tribais. O disco contém ainda duas músicas gravadas conjuntamente com os índios Xavantes, no Mato Grosso (Jasco e Itsari). A versão brasileira tem também Procreation of the Wicked e Symptom of the Universe do Black Sabbath, além de Lookaway, escrita por Jonathan Davis da banda Korn.

Em meados de 96, a banda fica sabendo do assassinato de Dana Wells, filho de Gloria Cavalera. Max e Gloria vão para os EUA e o Sepultura toca em trio no Donnington 96, com Andreas nos vocais. O grupo termina a tour tocando no Ozzfest, após cancelar 3 semanas de shows dos Estados Unidos. Mais tarde, a Roadrunner lança a coletânea The Roots of Sepultura.

Finalmente, em dezembro de 1996, chega a bomba: Max Cavalera deixaria a banda. Aconteceu quando os outros três integrantes, em reunião, decidem demitir Gloria Cavalera do posto de empresária da banda, alegando que esta dava apenas espaço para seu marido, Max, ao contrário de antigamente, quando o Sepultura aparecia, todos os 4 integrantes estavam na foto, e não apenas Max Cavalera. Com a esposa fora da banda, Max se sente traído e resolve separar seu caminho do caminho do resto da banda. A discussão é imensa.

"Durante este um ano e meio, pensamos em tudo", diz Andreas. "De fato, pensamos em dizer se foda a todo mundo, se foda a música, se fodam as bandas, a porra toda. Mas não tomamos nenhuma decisão durante o período mais turbulento, porque essas decisões geralmente se mostram erradas, mais tarde. Fizemos as coisas calmamente, e levamos o tempo necessário para pensar a respeito da situação toda". Ainda nesse ano, nasce a primeira filha de Igor e Monika, Joanna.

Em 1997, sai outra coletânea: Blood-Rooted. A Roadrunner lança também uma coleção de músicas do Sepultura, com versões alternativas e demos: o B-Sides, além de relançar todos os discos do Sepultura até Arise, com os nomes de Gold CD re-issue, remasterizados e com faixas bônus. Sai ainda o vídeo We Who Are Not as Others.

Então, em 98, o Sepultura volta com um novo single, Against, mostrando todo o poder do novo vocalista Derrick Leon Green, apelidado carinhasamente de Predador. O single, produzido por Howard Benson e mixado por Bill Kennedy, levou o Sepultura ao terreno onde eles provavelmente estarão daqui por diante.

"Não sabíamos nem se devíamos usar o nome Sepultura, diz Igor Cavalera a respeito da evolução da banda. Decidimos que escreveríamos algumas músicas primeiro, e se não soasse como Sepultura, então pararíamos de usar o nome na mesma hora. Mas logo que tínhamos as músicas, vimos que tínhamos razão para manter o nome. E quanto mais tocamos, mais confortáveis nos sentimos. O único apoio que tivemos
durante todo o tempo foi tocar música. Várias pessoas pensavam que o Sepultura era apenas Max, e que nós éramos apenas músicos por detrás dele", diz Andreas. "Mas o Sepultura sempre foi todo mundo junto, e com a contribuição de todos para as idéias. Temos a mesma atitude, a mesma música, a mesma mensagem. A única coisa diferente é que Derrick está aqui, agora."

Nascido em Cleveland, Derrick Green canta desde os 16 anos, quando entrou na banda hardcore Outface. Ele e o guitarrista se mudaram para Nova Iorque após seis anos juntos para formar a Overfiend. Quando o Sepultura anunciou que estavam procurando por um novo vocal, um dos produtores da Roadrunner enviou-lhes uma demo do Overfiend e pediu para darem uma olhada.

"Nós enviamos pra ele uma fita de Choke e pedimos para colocar vocal nela, relembra Andreas. Nós gostamos pra caralho, então o convidamos para vir ao brazil, porque ficaríamos aqui até o fim do ano passado. Então nos juntamos, e na mesma hora, sacamos que ele era
o cara. Não apenas por causa das habilidades do Derrick, mas porque ele é como nós. Ele realmente acredita nas mesmas coisas, tem o clima certo, além do quê ele adora futebol."

2 Music

Gloria - Minha paz



1 Music *-*

The Devil Wears Prada - Louder than thunder

Resumo da bibliografia de Renato Russo


Renato Russo (1960-1996) foi um cantor e compositor brasileiro de Pop Rock, líder da banda Legião Urbana.

Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro. Era filho de funcionário público. Viveu dois anos nos EUA por conta de uma transferência profissional de seu pai. As influências que adquiriu naquele lugar foram determinantes em sua futura carreira de músico.
No Brasil, Renato Russo, já adolescente, criou a banda Aborto Elétrico, que continha fortes traços da música punk. Depois, juntou-se a Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Guimarães e formou a banda Legião Urbana. Na nova banda, Renato Russo já tinha adquirido influências importantes, como o cantor Morrissey da banda The Smiths, e Robert Smith, da banda The Cure. No ano de 1983, Dado Villa-Lobos assumiria a guitarra da banda.

A banda Legião Urbana participou da efervescência do rock brasileiro dos anos 80, e é considerada exitosa em número de fãs e em repercussão musical. Entre as músicas mais tocadas nas rádios e na televisão, a Legião Urbana sempre estava entre as 5 mais tocadas. Os álbuns mais importantes são “Legião Urbana 2” (1986) e o Quatro Estações"(1989).
Renato Russo partiu para a carreira solo em 1993, alternando entre trabalhos de qualidade razoável e de pouca repercussão. Alguns álbuns importantes: "The Stonewall Celebration Concert" (1993),
"Equilíbrio Distante" (1995) e "O Último Solo" (1997).


Renato Russo era assumidamente bissexual, o que fez questão de tornar público em sua canção "Meninos e Meninas", do álbum "Quatro Estações".

Renato Russo morreu com apenas 36 anos em decorrência da AIDS, doença que descobriu em 1989.

Renato Russo \m/

Frase do dia \m/

BOA TARDE GALERA \M/ HOMENAGEM AO :

 Renato Russo 27/03/60

 
 
Perfeição

quarta-feira, 26 de março de 2014

+ Music

Iron Maiden - Run to the hills

+ Music

Ze Ramalho - Batendo na porta do céu

Ai sim hein rs deu até fome agora kk

+ Music

Porcelain Black - king of the world

+ Music

Rammstein - Te quiero puta


Music

Oasis - Wonderwall

Vestidos góticos

 
 
 

NOVIDADE \M/

HOJE :  clipe lançado do Motörhead  “Crying Shame”


Fonte : http://www.territoriodamusica.com/

Rosa Dark *-*

Pois é ne ...

Frase do dia !!!

3 music

Motorhead - Ace of spades